Tabuletas

As tabuletas em formato de seta são a melhor forma de sinalizar pois, além de indicar inequivocamente a direção, também permitem que nelas se escrevam os nomes dos destinos bem como a distância em quilômetros do trecho a ser percorrido. Em trilhas consideradas de média e longa duração (acima de 8km/ três horas de caminhada), é aconselhável instalar, no meio do trajeto, uma tabuleta em formato de seta com o nome do destino e a distância restante.

Exemplo de seta de madeira direcional com o próximo destino e distância em km no meio da trilha de longo curso Rota Vicentina (Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, Portugal)
Exemplo de seta de madeira direcional com o próximo destino e distância em km no meio da trilha de longo curso Rota Vicentina (Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, Portugal)
Exemplo de tabuleta colocada no meio da trilha, com sinalização direcional bilíngue, entalhada na madeira, e marcação da distância em quilômetros até o próximo destino (Parque Nacional Hallasam, Coréia do Sul).
Exemplo de tabuleta colocada no meio da trilha, com sinalização direcional bilíngue, entalhada na madeira, e marcação da distância em quilômetros até o próximo destino (Parque Nacional Hallasam, Coréia do Sul).

Também as tabuletas em formato retangular são importantes, pois permitem escrever o nome de atrativos e sua respectiva altitude, indicando a posição exata do caminhante na trilha (ATENÇÃO: todos os atrativos identificados nos mapas e folhetos devem estar claramente sinalizados no terreno e vice-versa).

Mapa da Trilha Transcarioca. Todos os pontos destacados no mapa devem ser sinalizados com tabuletas (mapa de Thiago Haussig).
Mapa da Trilha Transcarioca. Todos os pontos destacados no mapa devem ser sinalizados com tabuletas (mapa de Thiago Haussig).

As tabuletas têm as seguintes medidas: 3,0 cm de espessura e demais medidas como especificado nos desenhos a seguir:

Essas medidas são o padrão ideal, mas havendo necessidade seu tamanho pode ser aumentado ou reduzido:

Os nomes, as distâncias e as altitudes constantes nas tabuletas devem ser pintados com letras brancas (ou da cor escolhida para sinalizar a trilha (amarela, vermelha, laranja etc). A pintura pode ser feita diretamente nas tabuletas, utilizando-se moldes de letras que podem ser adquiridos em papelarias, ou podem ser pintadas sobre letras previamente entalhadas na madeira.

As tabuletas direcionais devem ser colocadas em TODOS OS LUGARES EM QUE A TRILHA CRUZAR O ASFALTO E EM TODAS AS BIFURCAÇÕES.

Cada tabuleta direcional deve conter, no mínimo, o nome do próximo destino identificado no mapa. Sempre que possível cada tabuleta direcional deverá conter também o nome do próximo ponto em que a trilha cruza o asfalto, além da distância em quilômetros até esse ponto. Podem ser usadas duas ou três tabuletas direcionais no mesmo lugar de modo a ser possível fornecer todas as informações acima.

Em todos os lugares onde funcionários da respectiva UC não passarem diariamente, a colocação de tabuletas NÃO substitui a necessidade de pintar a logomarca/seta indicando o caminho. Ou seja, mesmo quando houver tabuletas indicando a direção correta, CONTINUA SENDO ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO PINTAR SETAS DIRECIONAIS em árvores ou pedras.

Mesmo em países ricos, onde a sinalização em trilhas já é feita há mais de 100 anos, esse padrão é adotado por uma razão muito simples: o grau de vandalismo, depredação e desgaste natural dos totens/mastros e tabuletas é muito superior ao da sinalização pintada. Da mesma forma, a manutenção de totens/mastros e tabuletas é muito mais custosa e demorada do que a da sinalização pintada. Em encruzilhadas mais remotas a administração da respectiva UC pode demorar muitos dias para ter conhecimento do vandalismo ou deterioração de uma tabuleta. Nesses casos a sinalização pintada serve como uma apólice de seguro para o excursionista desavisado. Mesmo que a tabuleta com o nome do destino não esteja no local onde foi colocada, até que ela seja substituída, haverá SEMPRE uma sinalização pintada indicando o caminho correto.

As tabuletas de destino são retangulares e devem ser afixadas em todos os destinos identificados no mapa, juntamente com seus nomes e, sempre que pertinente, suas altitudes. Devem ser sinalizados com tabuletas de destino, picos, mirantes, cachoeiras, ruínas, represas, centros de visitantes, abrigos, campsites, grutas e outros atrativos.

Maneira de fixação

As tabuletas podem ser pregadas em mastros, em corpos estranhos ou diretamente em árvores. Nas encruzilhadas, as tabuletas NUNCA devem ser colocadas no meio da bifurcação, mas SEMPRE no lado para o qual o caminhante tem que seguir. Assim, por exemplo, se o caminhante deve pegar a trilha da esquerda, a sinalização deve ser colocada no lado esquerdo da trilha da esquerda.

Quando as tabuletas forem pregadas diretamente em árvores, deve sempre ser usado prego naval, ou de cobre, por que não enferrujam. Assim é minimizado o risco de que se tornem vetores de introdução de doenças nas árvores.

Sempre devem ser utilizados dois pregos, um em cima e um em baixo, de modo a evitar que a tabuleta possa ser virada em outra direção. Nunca bata o prego até o final, procurando deixar pelo menos 1,5 cm de folga. Isso permite que a árvore continue crescendo, sem que a tabuleta a atrapalhe.

Quando pregadas em árvores, as tabuletas devem ficar no mínimo a uma altura de 2,5m. Essa altura é de fácil visualização para o caminhante, mas torna o vandalismo mais difícil.

A opção por mastros ou totens deve sempre levar em conta que nesses casos a frequência do vandalismo e da degradação natural é muito maior. Mesmo quando não há intenção de degradar, mastros com tabuletas são locais prediletos para fotografias: um caminhante se apoia no mastro enquanto outro o fotografa. A repetição desse ato acaba por amolecer a fundação do mastro que não demora a cair. Assim essa opção SOMENTE deve ser utilizada quando a Unidade de Conservação tiver uma grande e rápida capacidade de manutenção e substituição das tabuletas vandalizadas ou degradadas naturalmente.

No caso da opção por mastros, sempre deve ser feita uma base profunda de concreto ou de madeira para ficar enterrada. Essa base dificultaráa degradação bem como ações de vandalismo, como torção e derrubada do mastro, e aumentará sua vida útil.