Placas de PAPEL PLASTIFICADO, para mensagens emergenciais ou de uso muito frequente, como as que desestimulam o uso de atalhos: No caso específico de placas educativas orientando para que não sejam utilizados atalhos, experiência em curso há quinze anos no Parque Nacional da Tijuca, já provou ser eficiente e barato o uso de placas de papel, que podem ser impressas na própria UC e depois plastificadas.
Na parte superior esquerda da placa entram as logomarcas do órgão administrador da UC e da respectiva UC. Na parte inferior direita da placa, entra o logotipo de eventual patrocinador (quando a trilha estiver dentro de Sítio protegido pela UNESCO também deve ser incluído o logotipo de Patrimônio Mundial da Humanidade. O mesmo vale para Sítios Ramsar).
Outras mensagens, como de precipício, perigo etc também podem usar o modelo da placa de PAPEL PLASTIFICADO.
Placa de papel plastificado, bilíngue com uso de ícones. Notar que ela trás o telefone da fiscalização. Notar também a largura do plástico, cujo furo feito pelo prego não toca, nem chega próximo ao papel, evitando assim que a água da chuva se infiltre e borre a tinta da placa.Placa de papel plastificado. Notar que ela trás o logotipo do ICMBio (Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros).
Maneira de fixação: As placas de fechamento de atalho feitas com papel plastificado são fixadas com prego direto na árvore ou com arame ou, ainda, cordame de sisal que passa por dois buracos feitos na parte superior da plastificação (distante do papel impresso). As pontas são depois amarradas em árvores ou estruturas dos dois lados do atalho que se quer fechar.
Ao plastificar as placas. deixar uma margem de plástico bem grande para além do papel. Caso contrário, quando chover a placa vai sofrer infiltrações e se estragará muito rápido.
Placas de Trânsito
Existem dois modelos de placas de trânsito.
O primeiro é uma variação de uma placa educativa. Deve ser usado na trilha, logo antes dela cruzar uma rua, estrada ou rodovia. Trata-se de uma placa com ícone que avisa da proximidade de automóveis. Deve ser afixada em lugar bem visível e pouco vulnerável ao vandalismo, preferencialmente do lado direito da trilha.
O segundo é para ser visto por motoristas. Tem duas variações básicas.
A primeira serve para avisar aos motoristas que a trilha estará cruzando a via logo à sua frente. Recomenda cuidado com caminhantes e calma.
Placa de trânsito desenhada para o Parque Nacional da Tijuca. Nas demais unidades o logotipo do PNT deve ser substituído pelo da respectiva UC.Exemplo de placa para alertar motoristas que à frente há uma trilha de montanhistas cruzando a via (Trilha de longo curso Hoerikwaggo, Parque Nacional da Montanha da Mesa, África do Sul).
A segunda serve para identificar para o motorista do automóvel onde há estacionamento próximo ao início de algum trecho da trilha.
Sinalização de trânsito na cidade de Kotor indicando as entradas de trilhas no Parque Nacional Lovcen (Montenegro)
Placa indicando a existência de trilhas fazem parte da sinalização de trânsito na África do Sul (RPPN Roodebergkloof)
Na África do Sul placas indicando a existência de trilhas fazem parte da sinalização de trânsito (RPPN PedrosKloof).
Sinalização de trânsito em Tirana, indicando as trilhas do Parque Nacional Dajti, na Albânia.
Sinalização de trânsito na estrada, indicando a entrada de trilhas no Parque Nacional das Dolomitas (Itália)
Sinalização na estrada na Islândia indicando o início de trilhas.
Sinalização na estrada na Islândia indicando o início de trilhas.
Sinalização de trânsito em Montenegro, indicando o início de trilhas no Parque Nacional Prokletje.
Sinalização em estrada de terra indicando o início de trilhas no Parque Nacional Tablas de Daimiel, na Espanha.
Sinalização emergencial
Sempre que houver algum perigo permanente, sazonal ou temporário que exija cuidados especiais ou fechamento emergencial da trilha, a exemplo de um deslizamento, queda de árvores, cabeças d’água, alguma ponte se quebrar, ou qualquer outra razão que venha a obrigar a manutenção imediata da trilha, ou seu fechamento, interdite a trilha ao uso público ou avise do perigo. Mesmo que tenha que improvisar, AVISE AOS USUÁRIOS que a trilha está fechada ou é perigosa.
Trilha fechada por conta de deslizamento. Notar que a falta de recursos não impediu que um aviso fosse colocado com sinalização improvisada. Notar também que a sinalização direcional foi pintada sobre um muro/corpo estranho (Parque Natural das Flores, Açores – Portugal).
Trilha não recomendada. Sinalização permanente (Parque Nacional da Montanha da Mesa – África do Sul).
Trilha fechada. (Parque Nacional da Chapada dos Guimarães).
Sinalização de perigo permanente (arraias) (Floresta Nacional de Tapajós).
Trilha fechada na Reserva Natural de Malolotja, Suazilândia.
Sinalização de perigo permanente (Parque Nacional da Montanha da Mesa, África do Sul)
Trilha fechada no Parque Natural da Serra da Estrela, Portugal.
Sinalização criativa
Mesmo quando os manuais são muito rígidos, sempre há espaço para criar. Cada Unidade de Conservação tem sua especificidade. Em havendo necessidade de se comunicar com os usuários, não hesite em improvisar: é melhor prevenir que remediar!
Placa pedindo aos pichadores para pichar ou entalhar mensagens nesse tronco morto em vez de em árvores vivas. Após a colocação de uma série dessas placas em troncos mortos, o vandalismo em árvores vivas caiu a praticamente zero (Parque Nacional da Rota Jardim, África do Sul).
Sinalização criativa: a Trilha do Amor (Parque Nacional Kopaonik, na Sérvia)
Sinalização criativa: a Trilha do Amor (Parque Nacional Kopaonik, na Sérvia)
Sinalização criativa: em Portugal tudo acaba em Azulejos (Parque Natural das Flores).
Sinalização criativa contra incêndios florestais. Um extintor escupido em madeira no Parque Nacional da Montanha da Mesa, na África do Sul.
Já que a onda é sinalizar com totens de pedra, que eles tenham personalidade! Parque Natural da Ilha da Madeira (Portugal)
O mito da falta de sinalização
Algumas pessoas no Brasil ainda defendem que as Unidades de Conservação não devem sinalizar suas trilhas. Trata-se de um mito. A prática já demonstrou que a falta de uma sinalização institucional, com regras internacionalmente aceitas e testadas, acaba por gerar uma sinalização feita de qualquer maneira pelos usuários. Essa sinalização feita por usuários normalmente é muito mais danosa ao meio ambiente e, por não respeitar regras ou padronização entendida por todos, acaba só servindo a quem a fez. Em suma, quando a UC não faz o seu trabalho direito alguém o faz por ela. Muitas vezes essa sinalização não oficial é feita com sacos plásticos, a golpes de facão em árvores e pinturas completamente desproporcionais, causando grande impacto ao meio ambiente e à paisagem.
A sinalização é necessária. Se a UC não faz, alguém faz… e normalmente faz mal feita!
Sinalização feita por usuários antes da adoção de um programa institucional de sinalização no Parque Nacional da Tijuca, em 1999.
Sinalização feita por usuários com fitas aderentes (Parque Nacional Saint Hilaire – Lange).
Sinalização pintada por usuários sem respeitar padrão nenhum (Parque Nacional Handargevidda, Noruega).
Sinalização feita por usuários com tiras de saco plástico (Parque Nacional do Itatiaia).
A falta de sinalização institucional levou os usuários a fazer a sua própria, que saiu meio borrada. Parque Nacional de Chimanimani, Zimbábue.
Sinalização feita sem padrão na área de Safari Unfurundzi, Zimbábue.
Profusão de totens que desconfigura a paisagem e… confunde mais que orienta (Parque Nacional Folgefonna, Noruega)
Sinalização da trilha Turaco feita a facão antes da decisão institucional de sinalizar a trilha de acordo com os mesmos padrões que os descritos nesse manual (Parque Nacional Nyanga, Zimbabue).
Sinalização feita a faca no Parque Estadual dos Três Picos (RJ), antes daquela UC adotar os princípios defendidos neste manual.
Sinalização feita a facão no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, antes daquela UC adotar os princípios defendidos neste manual.
Sinalização feita por usuários em árvore no Parque Nacional da Tijuca. Notar que nem a sinalização nem o mapa artesanal ajudaram a moça a encontrar o caminho certo.
Quando a UC não faz sinalização institucional, os usuários fazem totens de pedra. Isso normalmemente gera uma profusão de totens que desconfigura a paisagem. Parque Nacional Pingvellir, Islândia.