Placas-Base e Sinalização Educativa

As Placas-Base são aquelas que têm maior quantidade de informação. A princípio, devem ser afixadas em todos os lugares em que a respectiva trilha cruzar o asfalto, além de junto aos centros de visitantes das Unidades de Conservação que a trilha atravessar. Essa regra, contudo, é apenas indicativa, devendo os gestores definir onde serão colocadas as placas-base em suas respectivas UCs.

As Placas-Base têm formato retangular de 1 m x 1,5 m (altura x largura). Sendo que a parte horizontal mais baixa da placa fica a 1,5 acima do solo. As Placas-Base são afixadas por dois postes. Têm cobertura de acrílico, ou outro material transparente que permita a leitura das informações nelas contidas, bem como pequeno telhado para proteger os textos e ilustrações das intempéries (sobretudo sol e chuva).

Ao afixar as Placas-Base (e outras placas), sua posição deve ser pensada de modo a que não incida sol diretamente sobre o texto e ilustrações, para que não se apaguem muito rapidamente.

Ambos os postes de fixação das Placas-Base devem ter suas partes enterradas no chão reforçadas por concreto (muita gente costuma se apoiar nessas placas para tirar fotografias, de maneira que sua fixação precisa ser bem resistente).

As Placas-Base têm informações na frente e no verso. Todas as informações escritas devem estar SEMPRE nos idiomas português, inglês e (se possível) espanhol.

Frente

Parte superior esquerda: Mapa de toda a unidade de conservação com a respectiva trilha realçada.

Mapa de todo o Parque Nacional Durmitor, com a trilha realçada em vermelho
Mapa de todo o Parque Nacional Durmitor, com a trilha realçada em vermelho

Parte superior direita: Mapa detalhado da trilha, com seus principais atrativos. Todos os atrativos mostrados no mapa têm que estar sinalizados no terreno, com tabuletas. O mapa detalhado da trilha tem que ser feito com cores e resolução nítidas o suficiente para que seja facilmente fotografável por um celular.

Mapa detalhado da respectiva trilha (Trilha de longo curso GR 30, Portugal).
Mapa detalhado da respectiva trilha (Trilha de longo curso GR 30, Portugal).

Parte superior centro: Perfil altimétrico e quilométrico da trilha.

Parte inferior esquerda: Telefones de emergência (polícia, bombeiros, administração e Centro de Visitantes da UC, além do hospital mais próximo) e, embaixo de tudo, logomarcas do ICMBio ou da respectiva OEMA ou Órgão Municipal de Meio Ambiente, da respectiva UC e da trilha quando houver (quando a UC estiver dentro de Sítio oficialmente protegido pela UNESCO, também deve ser incluído o logotipo de Patrimônio Mundial da Humanidade; o mesmo vale para sítios Ramsar).

Parte inferior direita: Ícones de regras e procedimentos (levar água, levar casaco, levar chapéu, levar protetor solar, usar calçado adequado, não levar cachorros, não fazer fogueiras, não consumir bebidas alcóolicas, não levar armas, caminhar em grupos de três pessoas, trecho com escalaminhada, precipícios, cobras, não alimentar os animais etc).

Placa em que os ícones dão o recado (Parque Nacional da Montanha da Mesa, África do Sul)
Placa em que os ícones dão o recado (Parque Nacional da Montanha da Mesa, África do Sul)

Parte inferior centro: Termo de conhecimento de risco (idealmente a ser elaborado pela Procuradoria).

Verso

Parte superior esquerda: Um parágrafo sobre o órgão administrador da UC em que a trilha está contida (trilíngue e igual em todas as placas) e um parágrafo sobre a respectiva UC (Cada placa terá um texto diferente, que pode ser sobre botânica, história, geologia, geografia, hidrografia, ocupação humana, fauna etc). Website do órgão administrador da UC e da UC (onde haverá links para os websites de outras UCs, Órgãos gestores, clubes excursionistas etc).

Parte superior direita: Texto de um a dois parágrafos sobre algum assunto relativo à respectiva trilha (trilíngue): o que vai ser encontrado pelo caminho: cachoeiras, vistas, ruínas etc (também trilíngue).

Parte superior centro: Fotos ou ilustrações relativas ao texto da parte superior direita.

Parte inferior esquerda: Telefones de hotéis, restaurantes, pousadas, centrais de táxi próximos à trilha/UC. Telefones dos clubes de excursionismo da região, quando houver. Embaixo de tudo, logomarcas do órgão administrador da UC, da respectiva UC e da trilha quando houver (quando a UC estiver dentro de Sítio oficialmente protegido pela UNESCO, também deve ser incluído o logotipo de Patrimônio Mundial da Humanidade; o mesmo vale para sítios Ramsar).

Parte inferior direita: Resumo explicativo de como funciona a sinalização na trilha.

Parte inferior centro: Mapa das estradas/ruas e arredores, próximos à placa; de preferência identificando a localização de hotéis, pousadas, restaurantes, supermercados, pontos de ônibus e de táxi, hospitais e polícia (quando houver).

Resista à tentação de escrever mais do que dois parágrafos sobre cada tema. Já foi medido por várias pesquisas que 95% dos caminhantes não gastam mais que dois minutos em frente a uma placa.

Placas educativas e/ou regulatórias

As placas educativas são uma forma de sinalização feita para estimular um tipo de comportamento, informar algum perigo ou estabelecer a proibição de certas ações.

Elas devem ser afixadas em local visível e difícil de ser vandalizado. Quando em trechos com pouca fiscalização, podem ser pregadas em árvores, da mesma forma que as tabuletas.

Em geral as placas educativas e/ou regulatórias não precisam de texto. Sua mensagem é passada de forma mais rápida e eficiente apenas com a utilização de ícones (outra vantagem dos ícones é serem de compreensão universal, não precisando ser traduzidos para outros idiomas).